Um Doce Para a Vista

O meu chefe levou o nosso polímero ao microscópio eletrónico ficam aqui algumas imagens:

Quite nice!

As minhas aventuras...

Em resposta ao desafio colocado pelo nosso Uruk, grande mestre das elastinas e afins, aqui vai um post preliminar das minhas últimas aventuras por terras do além-mar, vulgo ICVS!
Ora, quanto ao meu projecto de estágio, este aproxima-se a um ritmo galopante do fim, e para já os resultados são muito positivos! As imagens que comprovam esse sucesso ainda estão em fase de preparação, mas posso desde já adiantar, que consegui comprovar ser possível realizar testes moleculares em amostras de DNA extraídas de meios LBC (para saberem do que estou a falar leiam o meu post anterior, ou senão peçam para explicar no próximo, que agora não me apetece!). Para além de PCR-RFLP, para análise de polimorfismos, podemos realizar também microarrays, o que é francamente bom e vantajoso, visto ser uma técnica muito usada no estudo de cancros.
Falta ainda confirmar se é possível trabalhar com RNA extraído a partir dos LBC, mas algo me diz que será um trabalho bem sucedido também...
Para além disto, surgiu também a oportunidade de integrar um estudo de mutações num gene específico, o cKIT! Este gene surge muitas vezes alterado em GIST's (cancros gastrointestinais) e nós agora estamos a estudar o tipo de mutações que surgem em cancros adenoescamosos (cólo uterino) e cancros de cabeça e pescoço (mais conhecidos por head&neck). No que concerne aos casos de adenoescamosos, o saldo é positivo, pois consegui amplificar um grande percentagem dos casos, que é bastante difícil, devido à má-qualidade do material, que foi fornecido pelos nossos colegas no Brasil! Apesar disso, não encontrei nenhuma mutação nos casos que estudei...
Nos casos de head&neck, já não tenho tanto sucesso, visto que até agora todas as minhas tentativas de amplificar vários exões do gene falharam.
Em breve, mostrar-vos-ei algumas imagens ilustrativas daquilo que vos falei hoje!

Mais depressa se apanha um mentiroso que...

"Poupe combustíveis.

É um conselho da Galp"

tvTurbo, Sic Notícias



...um coxo (será que esta frase tem segundo sentido?).

A Magia da Temperatura de Transição Inversa

Finalmente, temos uma quantidade de proteína suficientemente grande para que possamos ver em directo e ao vivo a temperatura de transição inversa (Tt). Isto é, para quem já não se lembra do que se trata (que corresponde à totalidade a esfera do pequeno punhado de pessoas que estão neste momento a ler este post), a nossa proteína é uma Elastin like, logo ao contrário das demais proteínas, com o aumento da temperatura acima da temperatura de transição em vez de se tornarem mais desorganizadas e desnaturarem, adoptam uma estrutura mais ordenada, digamos que se enrola. Ao adoptarem estas estruturas mais organizadas vão como que expulsar a água que estabilizava a proteína enquanto esta estava estendida, assim deixa de permanecer em solução. Isto dito de uma forma muito simples como é óbvio. Assim temos aqui uma imagem bem gira do acontecimento da nossa proteína mágica!

Came on! Do your magic!

Atenção que este processo é totalmente reversível!

Nice ain't it?